Primeiro a gente vive. Pouco primeiro. Depois a gente comenta a vida. Muito depois.







sábado, 30 de janeiro de 2010

Eu vivi*


No sonho
Eu vivi.
Gostei e no fim,
Morri.


Fui o gosto.
Não fui mais que eu mesmo.
Fui o oposto
Do que sou na realidade.

No começo,
Era só mais um
No meu próprio sonho
Eu era só mais um.

Foi tão real,
Que no fim
Eu dormi, no sonho.
E acordei, no pesadelo.

A esperança tomava-me.
E o troféu do sonho,
Queria eu obter
Na vivÊncia real.


Mas era só um sonho.
Mais um, para minha humilde coleção.
Mas foi tão vivo
Que ainda vivo.
Ainda tenho aquela emoção.

Tudo como um gozo.
Só lembranças restou-me.

Vivi

vivi
vivi

E então morri!


*Sobre um sonho que tive esta noite.

O meu amor


O sofrimento,
A fome,

A solidão,
O infame.


O meu amor não impede.
Não impede as querras.
Por que então senti-lo?
Se não traz paz à terra?

Ah o amor,
O meu amor
Me evita.
Não evita a dor.

Prefiro


Prefiro não ser entendido.
Nem lembrado.
Prefiro morrer,
Sem ser homenageado.

Prefiro não conhecer.
Não somar.
Não prefiro a realidade.
Prefiro sonhar.

Prefiro as revoltas,
Os gritos.
Não os quero.
Prefiro.

Prefiro a solidão,
A noite.
As diferenças,
A vida.Não a morte!

Não quero,
Prefiro.
Só espero,
Atento.



Não os quero.
Só prefiro.



Como um suspiro .

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Caos nosso de cada dia!


Dinheiro

resolve

dor

alegria acaba

vida morre

inicia o terror

quando chega

chuva

vento

fogo

roubo

destruindo bens

dentro

e

fora

de um lado

e de outro.

E preto branco

sofre

corre

morre!

todos tolos

sentem

mentem

pagam e não recebem.

Recebem do alto os gigantes

em poucos instantes e não ajudam.

cavam buracos de comodismo batizam e lá nos cospem.



e o cuspe sofre.

***

A caixa de pandora

foi

aberta !

por nós mesmos .

agora

fiquem

em alerta.!

à Théos


Deus não me prende!
Me liberta.
resgata-me do mais profundo abismo.
Me concerta.

É justo.
E confunde.
O impune,
O injusto.

Certeza concebe.
Igualdade e paz.
Siga se quiser
Mas maldade não farás.

E nesse mundo perverso
terás um protetor.
Não o cosmo, ou mesmo a natureza,
mas Deus em sua grandeza.

Não sigo religiões,
Nem princípios doutrinários.
sigo à Deus.
Somente à Ele
O Deus da alma
O Deus dos ordinários!

Eu não sou um poeta!


Poeta toca,
Fala,
Mesmo em silencio,
Não se cala.

poeta escreve,
Cria,
Não guarda pra si
Tesouros e iguarias.

Poeta descreve
Redige
versos imensos
Que em uma linha caberia.

Eu não sou poeta.
Augusto é(ra) poeta.
Sensibilidade extrema
Personalidade discreta.

Sabedoria imensa
Tem esses viventes.
Conseguem vencer a morte
E viver eternamente.

O poeta é menor,
menor,menor,
È fascinante
Poeta sabe ser poeta
é enorme.

Duas vidas*


Hoje ele não se alimentou.
Poupou-se de toda matéria.
Rejeitou qualquer substancia
E amargamente chorou!

***

Um era perverso
cheio de maldade
A impureza habitava em sua alma
Fugia-lhe toda humildade.

Outro era só calma
tinha em si grande felicidade
E com todos sorria
Em sua grande calmaria.

Um era pequeno
Do tamanho de uma rosa.
E a sentar e bater prosa
Preferia tomar veneno.

Outro enorme era
Não tinha nada
Mas tinha tudo.
Tudo o que todos queriam.
Carreira, dinheiro, canudo.

Um nada almejava
Aos olhos da sociedade
Fora do padrão estava
Pois não ria.
Não ria perante a mediocridade.

Outro era pobre
Mas todos o adoravam
Não fazia mal a ninguem
Por isso era exaltado.

Tão opostos em si
Um e outro se depararam
Com uma situação inevitável
No mesmo corpo estavam!

Foi quando tudo começou
Quem iria reinar?
Quem transpareceria?
Quem amado seria?

Noutro era assim
confuso e calado
Num dia risonho,
Noutro fechado.

Num dia era comunista
Brigava e lutava pela igualdade.
Noutro era como todos queriam
Quieto.
Reprimido.
Preso!

***

Ontem algo aconteceu
Ao praticar um ato de bondade
Um ser, cheio de vida
Morreu!

Foi quando o bom(em),
Chocou-se com o mal.
A batalha foi longa,
Mas muda! Sem som!

E então o fantasma,
o monstro da depressão
A criação da mente,
O corroeu.

tinha o bem
Se tornado perverso.
e o mal,
o dono do universo!

Os dois sofreram.
Alma e corpo.
Bem e mal.
Um e outro.

Noutro.



*Continuem!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

No planeta escolhido

Eles - I

Eram todos malucos
Meio abestalhados
Sendo loucos ou desolados
Eram assim classificados.

O amor não existia
Pois na grandeza do sentimento
Que ali habitara
O amor era fachada.

Os habitantes dessa terra
ambiciosos eram.
Tão grande era o desejo de poder
Que a compaixão,
Sacrificada teria que ser!

Não existia o SER
Os seres eram "teres"
Pois exaltado era o ter
Dono de todos os prazeres!

A vida naquele lugar
Era apenas uma obra.
A obra do acaso,
Que poderiam comprar.

Não existia silencio.
Nem cidadão que falasse.
O importante não era viver.
E sim que rico ficasse.

Os "teres" não tinham braços.
Tinham apenas pés!
Pés para pisar uns aos outros.
E quem enfrentar-lhes viesse!

A humildade era uma piada
Mas não tinha graça.
Pois a graça trazia felicidade,
E a felicidade era uma desgraça!

O preconceito
era o mais aceito.
A diferença entretanto,
Não aceitava-se portanto!

Somente da riqueza
Vinha o conforto.
Ninguém sentava-se a mesa,
E dormiam como um morto.

No planta escolhido
A crueldade ocupava
Todo espaço que faltava
E de nada se tinha falta!

E tudo conforme estava.
O sol brilhava mas não iluminava!
A lua era vista mas,
De nada se aproveitava.

Inicio II. . .

Mas um dia o sol nasceu rebelde.
Quis iluminar a face dos "teres"
Estes, olharam e viram
é o fim! Vede!

E um som como de trovão
Invadiu todo o ambiente!
O planeta havia sido escolhido
E a ordem decretada havia sido!
FINALMENTE!

Descia dos ares um querubim
Cheio de ira e desejos.
E com justiça sem fim,
Ordenava mortes e despejos.

Do alto o fogo desceu
E consumiu os impiedosos!
A dor aumentou e o pânico cresceu.

. . .

No escuro - III . . .

O planeta escolhido
Tinha salvação!
Deveriam entregar todo o ouro
E se arrepender de coração.

Mas como?
Como se arrepender?
Nunca tinham sentido
Esse sentimento de poder.

Coração?
Para os "teres" era apenas um órgão.
Simples como uma perda.
Complexo como uma pedra.

Contudo,tinha outra opção.
Um botão deveria ser apertado!
E se como uma mão fosse pressionado
Obtinham a salvação!

. . .

A luz - IV...

Do nada surgiu um habitante
Que por todos falava
Mas estava guardado
Pelo esquecimento em sua estante!

De pele oposta e usuário de mãos
Que davam a ele o dom de sentir.
Tocar e sentir.
Sentir o sentir!

E Mandatos milhares vieram
Que ele obedeceu.
E do modo MAIS FÁCIL possível
A salvação aconteceu.


Calmaria - V ...

E com tudo no lugar
O planeta escolhido voltou
As mesmas atitudes de antes
E nada precisava mudar!

Somente um ato decretou-se!
A morte do diferente.
De cor diferente.
De alma diferente.
A grande santo.
A grande delinquente!

E queimado foi na fogueira.
O salvador dos teres agora era pó!
E as brasas o consumiu
tão intensas que a chamaram de Brasil.

...
E o tempo passou- VI
...

Tudo conforme estava.
O sol brilhava mas não iluminava!
A lua era vista mas,
De nada se aproveitava.

Mas...Noutro dia o sol ILUMINOU!
E todos viram o grande sinal
é o fim!Novamente atormentar-lhes vinha!
E com as opções que reluziam
O "apertar o botão" foi lembrado.
A opção que não mais existia.

Inicio.
...
Inicio do FIM - VII

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Disturbio de um louco

Não!Não sou uma lata!
Não sou imortal
Meu dever é seguir a moral.
E tudo isso me maltrata
Devora meus ouvidos como urubus
como urubus no carniçal.
E como droga maldita alucina e mata!
O frágil corpo meu não aguenta mais!
Bobagem ou asneira,tanto faz.
Adjetivos muitos que falam por mim!
Não sou útil como uma lata.
Sou fútil como a prata!
Sou alma,alma sem fim
não mereço ser comparado
á um simples querubim!