Primeiro a gente vive. Pouco primeiro. Depois a gente comenta a vida. Muito depois.







terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Travessuras

Pelos e fios,
traçando a mente
pelos corredores
dos neurônios,
fazem crochê latente
de quem para e respira.

[tentar ter respostas
é filosofiar]

consciente.

Doar-se

é preciso palavras
difíceis e memoráveis
para dizer que é odara
todo esse mar de
seres desprezíveis?

A natureza chora
bebe o choro
e se consola.
E de nada tem a ver
o homem.
[o que pensa que pensa
e não passa de uma
sombra sonsa e ácida]


mas eu amo
o desprezível.
Mas meu amo
canta
para nós ficarmos
odara.

castidade

é sentida a
vontade
e o desejo por
perdão.
Perdão, Deus,
Pois se não mereço
nada,
me dás
tudo.
E parece que eu
vejo.
Mas as vezes
esqueço
e minha prece
sai sem nexo,
como um grito
no ouvido do
surdo.

Mas tu
meu Deus
não é surdo.
Ouve meus
sussurros.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Essa noite

a estrela é minha lua.
A maior das esferas
brilhantes,
é minha musa nua.
Porque é [in]preciso
ter uma inspiração
depois de um dia
cheio de emoções.
Acontece que
no meu coração
aquilo que é
imposto o nome SOL
brilha só até a
felicidade zarpar.
Quando o cansaço chega,
é ela que tem o papel
de acalmar
e beijar com aquela saliva
doçe e sonífera.
Mesmo assim,
são todos brinquedos
de um dono só.
não é mesmo céu?