Primeiro a gente vive. Pouco primeiro. Depois a gente comenta a vida. Muito depois.







domingo, 19 de junho de 2011

Domingue


Cuspa escarre
e
escorregue
na
bela aurora.

Domingue.

Domine as
suas horas
acorde
para a graça
da loucura.

Domingue.

Dormindo
seja dia
quando for
noite.

Não há
briga
interna.

Existe semana.
Mas pra que
semana
se emana tristeza
e ocupação?

Dia mesmo
é quando ele pode ser visto.
Dia é vivo quando se vive.

Domingue.

E quando o
Narciso dos
planetas
estiver
do outro
lado do seu
pensamento
e
aquela vermelhidão
dominar o trono,
como se o céu
fosse a fornalha
dos vivos,
virá segunda.
Virará feliz
empalhada.

Voce
domingando
e a luz
vagabunda
em segundo
plano.

sábado, 4 de junho de 2011

Choro e luto


Eis que surge a primeira
lua cheia do mês.
vem e semeia a
descendencia do breu
Radiante iluminando
o caminho de Orfeu.

Se a peça não foi vista
a boca calada e o pulso
impulsatelitincontrolável,
O entendido destino será
avulso, egoísta,
maládjetivável.

A tonicidade e o sujeito
oculto, revelam o sentimento
do porteiro do Hades.
depois do terror do cálice,
eu, de pé, depois de visto
a peça, a boca descolada
e o pulso pulsátil[aglutinação com
inutil],
só choro e luto.