Primeiro a gente vive. Pouco primeiro. Depois a gente comenta a vida. Muito depois.







sábado, 23 de julho de 2011

Bala perdida


Enquanto a linha
entorta
e o sapo
o gato pula
,progressão,
o susto:
o gatilho atira e
tira a vida
de quem tem
paciência e
aceita
morrer sem
motivos.

Não é tão
difícil
,assim,
confiar
em mim.

Confinar
todos os
meus
paradigmas
em uma só
sessão no
psiquiatra.

sábado, 16 de julho de 2011

Luto


Refletindo,
percebi que
quero fazer
um curso
em que eu
possa mudar
o mundo.

Então
perguntei ao
tempo.

O que fazer?

E ele,
com um sorriso
irônico,
achando-se dono
do meu destino
vomitou:

Um curso de tiro.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Quando eu souber ser humano


Descrevo meus miolos discretos escrevo minhas visceras vivas e vou e sento nesse assento grudado ao vento e voo num voo sem acento desprendo a despesa para sempre na despensa presa.No alto como minha caça caço minha presa e não a dispenso.Sinto o fogo frio e escadante no meio do rio ofegante e penso como teçe a pobre aranha penso naquilo que arranha meu sentar tenso[cheio de inutilidade util]que dilate minha mente e que vire uma bruta área cheirosa de incenso numa ária sem qualquer senso livre e sem asas ao vento rumo a um grande destino nesse cosmo imenso.

domingo, 19 de junho de 2011

Domingue


Cuspa escarre
e
escorregue
na
bela aurora.

Domingue.

Domine as
suas horas
acorde
para a graça
da loucura.

Domingue.

Dormindo
seja dia
quando for
noite.

Não há
briga
interna.

Existe semana.
Mas pra que
semana
se emana tristeza
e ocupação?

Dia mesmo
é quando ele pode ser visto.
Dia é vivo quando se vive.

Domingue.

E quando o
Narciso dos
planetas
estiver
do outro
lado do seu
pensamento
e
aquela vermelhidão
dominar o trono,
como se o céu
fosse a fornalha
dos vivos,
virá segunda.
Virará feliz
empalhada.

Voce
domingando
e a luz
vagabunda
em segundo
plano.

sábado, 4 de junho de 2011

Choro e luto


Eis que surge a primeira
lua cheia do mês.
vem e semeia a
descendencia do breu
Radiante iluminando
o caminho de Orfeu.

Se a peça não foi vista
a boca calada e o pulso
impulsatelitincontrolável,
O entendido destino será
avulso, egoísta,
maládjetivável.

A tonicidade e o sujeito
oculto, revelam o sentimento
do porteiro do Hades.
depois do terror do cálice,
eu, de pé, depois de visto
a peça, a boca descolada
e o pulso pulsátil[aglutinação com
inutil],
só choro e luto.

domingo, 29 de maio de 2011

Dislexia verbal


Hoje é verdade,
e abrido e falado,
escasso e sofrido
e cobrido e errado.
Exato e soberbo
e verdade.

O verbo certo é
quando é mentido.
É quando vem de
saudade.