Primeiro a gente vive. Pouco primeiro. Depois a gente comenta a vida. Muito depois.







quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Duas vidas*


Hoje ele não se alimentou.
Poupou-se de toda matéria.
Rejeitou qualquer substancia
E amargamente chorou!

***

Um era perverso
cheio de maldade
A impureza habitava em sua alma
Fugia-lhe toda humildade.

Outro era só calma
tinha em si grande felicidade
E com todos sorria
Em sua grande calmaria.

Um era pequeno
Do tamanho de uma rosa.
E a sentar e bater prosa
Preferia tomar veneno.

Outro enorme era
Não tinha nada
Mas tinha tudo.
Tudo o que todos queriam.
Carreira, dinheiro, canudo.

Um nada almejava
Aos olhos da sociedade
Fora do padrão estava
Pois não ria.
Não ria perante a mediocridade.

Outro era pobre
Mas todos o adoravam
Não fazia mal a ninguem
Por isso era exaltado.

Tão opostos em si
Um e outro se depararam
Com uma situação inevitável
No mesmo corpo estavam!

Foi quando tudo começou
Quem iria reinar?
Quem transpareceria?
Quem amado seria?

Noutro era assim
confuso e calado
Num dia risonho,
Noutro fechado.

Num dia era comunista
Brigava e lutava pela igualdade.
Noutro era como todos queriam
Quieto.
Reprimido.
Preso!

***

Ontem algo aconteceu
Ao praticar um ato de bondade
Um ser, cheio de vida
Morreu!

Foi quando o bom(em),
Chocou-se com o mal.
A batalha foi longa,
Mas muda! Sem som!

E então o fantasma,
o monstro da depressão
A criação da mente,
O corroeu.

tinha o bem
Se tornado perverso.
e o mal,
o dono do universo!

Os dois sofreram.
Alma e corpo.
Bem e mal.
Um e outro.

Noutro.



*Continuem!

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