Primeiro a gente vive. Pouco primeiro. Depois a gente comenta a vida. Muito depois.







terça-feira, 12 de janeiro de 2010

No planeta escolhido

Eles - I

Eram todos malucos
Meio abestalhados
Sendo loucos ou desolados
Eram assim classificados.

O amor não existia
Pois na grandeza do sentimento
Que ali habitara
O amor era fachada.

Os habitantes dessa terra
ambiciosos eram.
Tão grande era o desejo de poder
Que a compaixão,
Sacrificada teria que ser!

Não existia o SER
Os seres eram "teres"
Pois exaltado era o ter
Dono de todos os prazeres!

A vida naquele lugar
Era apenas uma obra.
A obra do acaso,
Que poderiam comprar.

Não existia silencio.
Nem cidadão que falasse.
O importante não era viver.
E sim que rico ficasse.

Os "teres" não tinham braços.
Tinham apenas pés!
Pés para pisar uns aos outros.
E quem enfrentar-lhes viesse!

A humildade era uma piada
Mas não tinha graça.
Pois a graça trazia felicidade,
E a felicidade era uma desgraça!

O preconceito
era o mais aceito.
A diferença entretanto,
Não aceitava-se portanto!

Somente da riqueza
Vinha o conforto.
Ninguém sentava-se a mesa,
E dormiam como um morto.

No planta escolhido
A crueldade ocupava
Todo espaço que faltava
E de nada se tinha falta!

E tudo conforme estava.
O sol brilhava mas não iluminava!
A lua era vista mas,
De nada se aproveitava.

Inicio II. . .

Mas um dia o sol nasceu rebelde.
Quis iluminar a face dos "teres"
Estes, olharam e viram
é o fim! Vede!

E um som como de trovão
Invadiu todo o ambiente!
O planeta havia sido escolhido
E a ordem decretada havia sido!
FINALMENTE!

Descia dos ares um querubim
Cheio de ira e desejos.
E com justiça sem fim,
Ordenava mortes e despejos.

Do alto o fogo desceu
E consumiu os impiedosos!
A dor aumentou e o pânico cresceu.

. . .

No escuro - III . . .

O planeta escolhido
Tinha salvação!
Deveriam entregar todo o ouro
E se arrepender de coração.

Mas como?
Como se arrepender?
Nunca tinham sentido
Esse sentimento de poder.

Coração?
Para os "teres" era apenas um órgão.
Simples como uma perda.
Complexo como uma pedra.

Contudo,tinha outra opção.
Um botão deveria ser apertado!
E se como uma mão fosse pressionado
Obtinham a salvação!

. . .

A luz - IV...

Do nada surgiu um habitante
Que por todos falava
Mas estava guardado
Pelo esquecimento em sua estante!

De pele oposta e usuário de mãos
Que davam a ele o dom de sentir.
Tocar e sentir.
Sentir o sentir!

E Mandatos milhares vieram
Que ele obedeceu.
E do modo MAIS FÁCIL possível
A salvação aconteceu.


Calmaria - V ...

E com tudo no lugar
O planeta escolhido voltou
As mesmas atitudes de antes
E nada precisava mudar!

Somente um ato decretou-se!
A morte do diferente.
De cor diferente.
De alma diferente.
A grande santo.
A grande delinquente!

E queimado foi na fogueira.
O salvador dos teres agora era pó!
E as brasas o consumiu
tão intensas que a chamaram de Brasil.

...
E o tempo passou- VI
...

Tudo conforme estava.
O sol brilhava mas não iluminava!
A lua era vista mas,
De nada se aproveitava.

Mas...Noutro dia o sol ILUMINOU!
E todos viram o grande sinal
é o fim!Novamente atormentar-lhes vinha!
E com as opções que reluziam
O "apertar o botão" foi lembrado.
A opção que não mais existia.

Inicio.
...
Inicio do FIM - VII

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