Primeiro a gente vive. Pouco primeiro. Depois a gente comenta a vida. Muito depois.







domingo, 4 de dezembro de 2011

Um menino


Eu sou.

O que eu sou
Do menino
Que me doma
Esta claro como
A chuva no
Telhado sujo.

Eu sou do menino
A forma mental
Paradoxo extremo
Da velhice.
Sou mortal.

O menino velho
Novo
Novamente
Tentando
Ser velho
Serve a coisa
Alguma
Tentando ser
Alguma coisa.

O lado velho
Morre
O lado menino
Mata.

O grito riso brinco
Sai
Do menino
O contido
Está no velho.

A linha torta
Velha vem sem rima
Dos dedos do menino.
A crítica vendo velho.
O velho em frente a critica
Estica-se e curva
E se adapta.
O menino
Rapta-se e
Sente a vida.
Os olhos atentos
Repara o velho
E cutuca quem brinca
E não repara.
A vergonha na cara
Que o menino não tem
Por extinto.

Quando eu era menino
Falava como tal
Agora que estou menino
Quero ser mais.

Mais o quê?

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