Primeiro a gente vive. Pouco primeiro. Depois a gente comenta a vida. Muito depois.







quinta-feira, 22 de março de 2012

Desfalcado


Aquele momento
do olhar avulso
Do olhar sem foco
Aquele momento
que do olho não se precisa.
O homem, tonto
Tenta não cortar seu pulso
Se afunda no ócio
O homem, torto
Que mesmo torturado
Não despertaria.
Um segundo
Uma eternidade
O olhar conclui:
Não foi aquilo
Que pensamos
Não foi o que o psicólogo disse.
Foi tudo em vão.
Foi tudo em nada.
Foi tudo que podia ser.
Tudo o quê? Grita o consciente,
E então, alguém nos toca o ombro:
“Tá tudo bem?”
e o olho volta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário