O negócio foi que foi bom.
Mas negócio mal é sair com dom.
Minha casa é que tem sede,
mas aquele rio que enche o saco,
que bate a porta até que seque,
seque o caramba, ele ama os barcos.
Ele perturba com aquela larva cristalina.
é que não passou fome ainda.
Mas que fome desgraçada!
Mais que a fome e a míngua,
são os peixes e pães que chovem na calçada.
Por essa desgraça, sair é abuso da língua.
Quando para e minha cidade sai sorrindo,
adoro roubar gritos e comida amassada
cantar parabéns e rasgar a boca de dentes
com lã e seda a boca dos doentes.
Já disse que lá em casa tem um poço?
Ah, mas a água é muito limpa.
Lá também tem terra e fruta
mas é fértil que dá desgosto.
Tem a fossa que eu adoro.
Ah, o esgoto...
Mas vai passar. Vai chegar agosto,
quando chover canivetes e eu me banhar,
Ah, que sonho utópico,
que doçe sangrento gosto.
nem quero imaginar...
Vai ser o auge da assim feliz cidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário