Primeiro a gente vive. Pouco primeiro. Depois a gente comenta a vida. Muito depois.







segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O livro


Abro o livro
Leio
Releio
Ele é ainda maior que o verso e a métrica desproporcional.
Mas nunca será o mesmo.
Nem Demian, nem Sinclair,
Terão o mesmo cheiro de passarinho morto.
Apareceu na bolsa
O odor
O cheiro está impregnado
Na minha memória de devaneio.
A bolsa foi lavada
Joice já não mata passarinhos.
[Mata dragões]
Mas o livro
Ainda maltrata.
E o cheiro
vaga

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