Quando formos à Paris,
vou te levar num lugar escondido
que eu ainda não conheço
mas tenho certeza que existe
daqui pra lá
algumas emoções e ideias vão mudar
estaremos menores em nós mesmos
esse será o dia de expandir
de falar do cabelo alheio
daquele olhar telepático
quando a música toca os dois
daquele sorriso estupefado
quando o poema é os dois
das mãos contrastantes
balançando
a passos largos e saltitantes
quem vir aquelas mãos
não vai saber o que se passa
mas a explicação virá de graça
no abraço realizado de Arthur comigo
todos irão saber
daquele riso
assexual e bandido
que aqueles dois são o que há de maior
amigos
e vão fazer odes à nossa
gargalhada
e vão rimar nossa cor
com brilho
e vão amar nossa boca
afrancesada
e vão blasfemar do nosso
verso ambíguo
nós cantaremos abraçados
na rua
Kid Abelha, Buarque e Titãs
sem notar tom, sem éros, ágape ou fraterno
"você vai apagar meu cigarro
e eu vou riscar seu caderno"
Por:Joice brandão (joicebrandaoweb.blogspot.com)
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