Primeiro a gente vive. Pouco primeiro. Depois a gente comenta a vida. Muito depois.







quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Down in Up

O morto não está solto.
preso consolado e manso
o corpo já é muito.
Sem serviços ou serviçais
beijar,viver nunca mais.
Depois de um surto,
um punho é pouco
o sangue é muito
A dor sem subjetividade
silencia o pulso.
O morto é porco
socado na lama.
O corpo é torto.
Ainda assim tudo
é muito pouco.
Enquanto bebe e pensa
o louco é escasso de nada,
bebe e delira na calçada
num imaginário e doçura imensa.
Então se põe fim.
Está bom demais.
Sou como um querubim
amaldiçoado a viver
assim, feliz até os
momentos
finais.
Então se apaga esse clarim.
Está ruim satanás.
Estou um corpo chinfrim
abençoado a morrer e
fim.
Que se lasque os de trás.


Que doçe esse amargo telefonema
cancelando esse cinema careta.
um amigo morreu.
Sem lágrimas.
Ele virou
Borboleta.

Estou sendo tão ironico que poderia explodir de tanta ironia.

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