Primeiro a gente vive. Pouco primeiro. Depois a gente comenta a vida. Muito depois.







quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Renascimento

Como um casulo
mal casado
com a casca emperrada
fico tendo casos,
vivendo fatos inalteráveis.
Nada é perfeito.
Nem o dia nem a noite
nem o por-do-sol
nem a morte do mal feito
nem minha condição
dentro desse açoite.
Não fico rico e não
chove amigos.
Não vou sem condução.
Minhas pernas cruzadas
e eu aqui.
Como um casulo e já encho.
Alterações e fugas é o restante.
Agora um bastardo desde sempre até
esse instante,grita e cala.Suspira.
Calma.é só a casca emperrada.
Esse desgraçado destino me mira e
pronto]
é a praga impregnada.
Como um sonso riso um assopro
e com dentes de desgraça
explodo minha garganta:
Voce está errada!
Todos.O meu cuspe é rico demais
pra banhar a essa hora da madrugada.
Noites escravizado
por essa lua desgraçada.
Pois fique sabendo seu moço,
Ainda não tenho casa na praia,
quando pisco minha familia me vaia.
e é nesse fim que tornarei o começo.
Ah nega, quando me vires indo
de vento em polpa.
Tão leve
quanto uma bolha.
Tão preocupado
quanto uma bolha.
Tão livre quanto a folha
no outono]
é quando esse casco se quebrar
que o dia será perfeito, a noite,
o por-do-sol acompanhado por ele.
Pelo meu sol.Somente.
Só lamento o fogo que consumiu o
açoite.
A noite a fuga é mais sutil.
é o sonho da ruptura.
Não é adaptar,
é crescer.Transformar-se.
Sem depender de nada.
Nem dessa porra de casca.
Me alivio.
Ela só está emperrada.

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